quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Substituição



         SUBSTITUIÇÃO

Alfredo Borges Teixeira 



Há uma dupla transferência: a culpa pelos nossos pecados do passado, do presente e do futuro passa para Jesus e a justiça dele é transmitida a nós. Há uma substituição: Jesus recebe em nosso lugar a justa retribuição que nossos pecados merecem. O resultado é a eliminação definitiva e irrevogável da nossa culpa pelo cumprimento da punição que ela merece. Esse gesto de maravilhosa graça proporciona a libertação da culpa do pecado. Quando o pecador conhece e aceita a oferta de salvação, é salvo e deixa de ser réu.

O livramento, embora planejado antes da fundação do mundo (1Pe 1.20) e da queda do homem e anunciado progressivamente no Antigo Testamento, se concretiza na Sexta-Feira da Paixão, entre o meio-dia e as três horas da tarde, em uma colina fora dos muros de Jerusalém, chamada de Lugar da Caveira, Calvário ou Gólgota (em aramaico). Entre os acontecimentos misteriosos e aterrorizantes que se deram durante ou logo após a crucificação de Jesus (escuridão, tremor de terra e abertura de túmulos, dos quais saíram alguns mortos), o mais significativo foi O ROMPIMENTO DO VÉU DO TEMPLO, QUE SE RASGOU DE CIMA A BAIXO (MT 27.51). Este sinal demonstra o sucesso do sacrifício expiatório de Jesus e confirma todos os seus sete “Eu sou”, notadamente, o “Eu sou a porta” (Jo 10.7), “Eu sou o bom pastor” (Jo 10.14) e “Eu sou o caminho” (Jo 14.6).

Por causa da morte vicária, João Batista apresenta Jesus como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29); o apóstolo João assevera que “o sangue de Jesus, o seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7); e Paulo garante que Deus perdoou todos os pecados e “riscou essa condenação que pesava sobre as nossas cabeças, anulando-a completamente e pregando-a na cruz sobre a sua própria cabeça” (Cl 2.14).

O fato é que para livrar o pecador da culpa, da dívida, da vergonha, do fardo -- o Cordeiro de Deus ASSUMIU CONSCIENTE E VOLUNTARIAMENTE A CULPA, A DÍVIDA, A VERGONHA E O FARDO DO PECADOR CONTRITO E SOFREU O CASTIGO QUE ERA DELE.

O complicado cerimonial provisório do Antigo Testamento perdeu o valor por um sacrifício melhor, perfeito e único. Porque o sangue de touros e bodes não pôde, de modo algum, tirar os pecados de ninguém. Jesus, ao entrar na história, declara: “Estou aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade”. E porque JESUS CRISTO FEZ O QUE DEUS QUIS, NÓS SOMOS PURIFICADOS DO PECADO, POR MEIO DA OFERTA DE SEU CORPO UMA VEZ POR TODAS (HB 10.5-14).

Para ser salvo sem a obra vicária de Cristo, o ser humano precisaria obedecer à lei de Deus sem nem um deslize sequer, o que nunca aconteceria. Ou, então, pagar a dívida contraída pela desobediência, o que ninguém conseguiria nem nesta vida nem nas chamadas reencarnações. Deus não aceita boas obras como pagamento da dívida. A ÚNICA SOLUÇÃO ESTÁ NA OBEDIÊNCIA ATIVA E PASSIVA À LEI DIVINA, QUE CRISTO REALIZOU NO LUGAR DO PECADOR.

Alfredo Borges Teixeira explica que A OBEDIÊNCIA “ATIVA” DE CRISTO CONSISTE NO FATO DE ELE NUNCA TER PECADO E A OBEDIÊNCIA “PASSIVA” DE CRISTO CONSISTE NO FATO DE JESUS TER SIDO OBEDIENTE ATÉ A MORTE VICÁRIA, POR MEIO DA QUAL A CORTINA QUE SEPARAVA O ABSOLUTAMENTE SANTO DO ABSOLUTAMENTE PECADOR SE RASGOU. Essa obediência é o cobertor da salvação, ou o manto da justiça, com o qual fomos eficazmente cobertos. Em Cristo não somos mais caloteiros!


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