terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pastoral


 A REFORMA
“De fato, no Evangelho a justiça se revela única e exclusivamente através da fé, conforme diz a Escritura: ‘o justo vive pela f”’ (Rm 1:17).

Uma história toda, sob o inteiro agir de Deus.  Agindo Deus quem impedirá??? Reforma... em resumo é a revitalização de uma forma existente.  Historicamente foi um procedimento que visou trazer a igreja à pureza original do cristianismo primitivo.  Depois do Pentecoste, a Reforma do século XVI foi o maior  movimento espiritual ocorrido  dentro da igreja.  Representou uma volta à Bíblia, ao ensino dos apóstolos e, por isso mesmo,  rejeição total a qualquer doutrina sem base nas Escrituras.
“O justo vive pela fé” – Paulo anuncia o tema central da carta, que será desenvolvido até  o capítulo oito, e que constitui a síntese de toda a sua pregação: o Evangelho é Jesus, o Evangelho é a força viva de Deus que salva.  Condição única para isso é que o homem se entregue a Deus mediante a fé.   Pois o homem não tem outro meio para se libertar da posição de pecador: nem a Lei de Moisés, nem os ritos, nem sistemas filosóficos, nem poderes cósmicos ou humanos, nem denominação e nem nenhum sistema religioso. A fé é a certeza firme e contínua de que o projeto de Deus se realizou em Jesus Cristo e continua realizando-se no meio dos homens.  A fé leva o cristão a viver uma nova dinâmica de vida, na verdade, uma contracultura disse John Stott; o homem já não é um receptor passivo e se torna junto com Deus, agente ativo no seu crescimento e do de outros também, no seu serviço na igreja e, fora dela, no mundo, o que os teólogos chamam santidade de vida, ou vida santificada, a santificação.
Martinho Lutero (1483-1546) – Alemão, filho de camponeses, tornou-se monge agostiniano e entrou para o convento em Erfurt.  Buscava com avidez a salvação de sua alma.  Em 1512, aos 29 anos, o texto de Romanos 1:17, “O justo vive pela fé”, explodiu em seu coração.  Ali ele descobriu a gloriosa doutrina da justificação pela fé.  Mais tarde, quando o Papa Leão X estava construindo a basílica de São Pedro, seu emissário Johannes Tetzel foi à Alemanha vender indulgências, que ofereciam redução das penas do purgatório.  Convencido de que o tráfico de indulgências desviava o povo da verdade, oferecendo-lhe falsas esperanças, Lutero decidiu enfrentar este abuso e, no dia 31 de outubro de 1517, pregou nas portas da catedral de Wittenberg as 95 teses contra as indulgências. Estava deflagrada a Reforma. A posição de Lutero foi o golpe no poder papal e na igreja que se desviara da fé apostólica. Está combatida a pretensa função de ser mediadora entre os homens e Deus,  comercializando, por embaixadores. A partir daí, o Evangelho passou a ser pregado na língua do povo. Nos púlpitos e nos bancos das igrejas havia cópias da Bíblia traduzida por Lutero.  Cantava-se por toda Alemanha hinos evangélicos e salmos, muitos dos quais escritos e compostos pelo próprio Lutero.  Dentre eles, destacava-se a Marselhesa da Reforma, “Castelo Forte é o nosso Deus”. Em trinta anos, a igreja cristã na Alemanha tinha sido reformada, como ninguém jamais poderia ter sonhado. Os abundantes escritos de Lutero tiveram larga aceitação.  E assim, a Reforma se espalhou pela Boêmia, Hungria, Polônia, Inglaterra, Escócia, França, Países Baixos, Escandinávia e até mesmo pela Espanha, Portugal e Itália. Chegando aos Estados Unidos e daí ao nosso querido solo pátrio Brasil.
Postulado da Reforma que não pode ser perdido: “Igreja reformada sempre reformando”.  Um pouco dessa, incompleta, história para nossa reflexão, tesouro memorável, lembrança inspiradora. Cuidado de Deus para com o seu povo, quando Ele intervém todos os obstáculos são superados.
Rev Ersino
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