INDEPENDÊNCIA
“E CONHECEREIS A
VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ” (Jo 8:32).
Na Juiz de Fora contemporânea se diz: não é mais
independência e sim presidente Itamar Franco. No Brasil de 1822 se disse: “independência ou morte”. Para os Coríntios, na amostragem da predominância
da vida, Paulo deixa a pergunta: “Onde está, ó morte, a tua vitória?” Para os judeus Jesus afirmou: a independência,
inteira, completa e plena, está no conhecimento
prático da verdade.
Pense no Brasil colônia. Naquele tempo não tinha
rei no Brasil e todos tinham que obedecer ao rei de Portugal – Em 1808, D. João VI, que reinava de Portugal,
para escapar de Napoleão faz do Brasil o seu refúgio e para cá vem “de mala e
cuia” com toda família. Como todo Napoleão tem o seu dia de Waterloo, D. João
VI voltou tranquilo para a sua pátria querida e o seu filho Pedro I, ficou como
imperador no Brasil e tinha que prestar conta à terra lusa o que maculava o
brio nacional. E já funciona o famoso “jeitinho brasileiro” e D. Pedro I,
assume o desafio de separar o Brasil de Portugal. Procedimento tentado há mais
de trinta anos. Tiradentes (1746 – 1792)
o principal líder e único mártir da Conjuração Mineira, movimento político
contra o colonialismo português organizado em Minas Gerais, em 1789. Tiradentes é considerado herói nacional e o
principal precursor da independência do Brasil.
Desde 1890, a data de sua morte é feriado em todo país. Em 1965, foi declarado, por lei, patrono
cívico da nação brasileira. E o poeta canta, melancolicamente, assim: “Joaquim
José da Silva Xavier, morreu a vinte dois de abril, pela independência do
Brasil, foi traído e não traiu jamais, na inconfidência de Minas Gerais”.
Não é, definitivamente, na “independência ou morte” que está a solução. Haja vista, que Tiradentes foi
morto e o Brasil continuou sobre a dura e incruenta opressão portuguesa. Então, a solução será
encontrada, isto sim, na “independência e vida”. Aos romanos Paulo assim ensinou: “Porque o salário do pecado
é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso
Senhor” (Rm 6:23).
Jesus é a presença atuante de Deus que, verdadeiramente, liberta o homem
da escravidão e o conduz para uma nova vida. É através da sua morte que Jesus
confirma essa libertação. A verdade que liberta é a aceitação sincera da vida nova e abundante trazida por Jesus,
que relativiza tudo aquilo que antes parecia absoluto: riqueza, poder, idéias,
estruturas, sistemas. A vivência da liberdade deixada por Jesus faz romper com
toda e qualquer ordem injusta e experimentar, de fato, o amor de Deus através
do amor ao próximo.
Rev
Ersino Albano da Silva