Minha Pátria
“Feliz é a nação cujo
Deus é o SENHOR e o povo que ele escolheu para sua herança” (Sl 33:12).
Quem foi o estudante que, em suas tarefas
escolares, nunca redigiu um texto dentro desse assunto? Considerando a semana
chamada “da pátria” – a independência do
Brasil, 07/09/1822, separação de Portugal
- e ainda o assolado debate para o pleito eleitoral para prefeitos e
vereadores em todos os municípios brasileiros, que tal voltarmos ao tema?
O salmista vislumbra a nação feliz no projeto de
Deus. Com certeza, aquela que dá o
senhorio a Deus, na contra partida, são infelizes todas as outras. No projeto de Deus não há lugar para a
escravidão e morte, feitos pelas nações, posto que não tem espaço para nenhum
outro senhor. Ele é o Senhor!!!
Pátria é o país onde nascemos, lugar que se
considera como preferido, o melhor; como já disse o poeta: “Todos cantam
sua terra, também vou cantar a minha, nas débeis cordas da lira hei de fazê-la
rainha”.
O Estado (do latim status = estar firme), significa, socialmente,
situação permanente de convivência. O
Estado é sempre constituído pela população, o seu povo, a que se chama também
nação. Onde tem gente tem confusão, mais gente, mais confusão. A população é humana, má e corrupta. Aí a reclamação repetida nos tempos dos juízes: “Naqueles dias
não havia rei em Israel: cada um fazia o que achava mais reto”. Então, passa a caber ao Estado, pretensamente,
“soberano” ditar as normas que precisam ser boas, éticas e morais. Chegou-se a
um princípio supimpa que escrito acalenta os olhos; ouvido suaviza os
ouvidos: “Amor como a base, ordem como o
meio, e progresso como o fim”. Mas o povo, pervertido que é, não consegue a aplicação do tão nobre
preceito.
A felicidade consiste, de verdade, em pertencer ao
Senhor. Quando Gideão venceu os midianitas
o povo empolgou-se e pediu para que ele assumisse o reinado. “Porém Gideão
lhe disse: Não dominarei sobre vós; nem tão pouco meu filho dominará sobre vós;
o SENHOR vos dominará” (Jz 8:23). Logo em seguida, no Primeiro
Livro de Samuel, encontramos Israel exigindo, peremptoriamente, um rei. “Constitui-nos,
pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as
nações. Disse o SENHOR a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te dizem,
pois não te rejeitam a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre eles” (ISm
8:5,7).
Há candidatos na captura de votos com os mais
requintados programas. Alguns inescrupulosos, sem a mínima noção de cidadania,
outros, porém vocacionados por Deus para
tais funções e serão legitimados no sufrágio universal, confirmados no
seu voto, é você quem elege, a decisão é sua. O merecedor do seu voto precisa saber que Deus reina e deve estar comprometido, de corpo e alma,
não só de palavras, na busca do melhor para o maior número possível e durante o
maior tempo.
A
pedagogia bíblica é que Deus nunca abriu mão do regime teocrático. Ele constitui o rei para o governo político
administrativo enquanto o sacerdote cuida das diretrizes espirituais e os dois,
rei e sacerdote, político e religioso, prestam contas para Ele que rigidamente
espera. Temos que apreender essa lição,
aplicar e transmitir. É assim que se é “a nação cujo Deus é o SENHOR” e é,
somente, assim que se é feliz.
Rev. Ersino Albano da Silva