quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PASTORAL



CONFLITO
“O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos, e os ruins deitam fora ”(Mt 13:47-48).

“Eu não sei se vou ou fico, eu não sei se fico ou vou”.  Oh dúvida!  Eis estabelecido o conflito na sua proporção máxima. É não ter a certeza, de modo absoluto, do que fazer.
A consumação do reino se realiza através do julgamento que separa os bons dos maus.  Os que vivem a justiça e a obediência do reino; os que não vivem serão, definitivamente, excluídos. O reino é de Deus e Ele cuida  e no cuidado dele chama os trabalhadores, o que é um tremendo privilégio para qualquer chamado, e o nosso cuidado deve ser o cuidado de um trabalhador chamado e nunca o cuidado do dono do reino.  Há trabalhadores querendo fazer o que o dono não deixa de fazer.
O apóstolo Paulo viu e viveu o conflito e o deixou pontuado na Escritura: está na miserabilidade humana – “Miserável homem que eu sou” -  Usando o artifício da primeira pessoa, Paulo convida cada um a olhar para si mesmo e para a sociedade, a fim de descobrir o conflito que se desenrola dentro da condição humana. O ser está dividido entre o egoísmo e o amor, servir a si e aos outros. Existe, contudo,  o predomínio do egoísmo que se alastra e perverte as relações, as mais íntimas e até as espirituais. A sociedade torna-se então desumana, injusta e perversa. E quem nos poderá libertar desse “corpo de morte”?
A filosofia e a teologia são essencialmente uma transcrição e uma interpretação da experiência humana, e a experiência humana é de que há um conflito na alma humana. Para Paulo, tratava-se de uma guerra entre duas forças opostas que chamava de carne e espírito. Aqui estava o dilema da situação.
É sempre muito bem-vindo qualquer auxílio que nos vem às mãos para vencermos na nossa luta contra a carne.  Certamente, o imprescindível é o “nascimento que vem de cima” (Jo 3:3-5), realizado pelo Espírito de Deus.  Uma vez habitando o coração, Ele planta ali o amor de Deus (Rm 5:5).  O fruto de sua presença se manifesta em atos concretos de amor (ágape) revelados nas conhecidas virtudes de Cristo conforme aparecem em Gálatas 5:22-23.  Mas o recebimento do Espírito não aniquila a carne. A manifestação do fruto do Espírito não implica no desaparecimento das obras da carne. “A carne milita contra o Espírito” (Gl 5:17).   As obras da carne, portanto, não deixam de ser o fruto podre e venenoso do “eu” que procura afastar o controle divino da vida.
Leia a Bíblia. Compreenda a Bíblia.  Na Bíblia está a orientação. Ela é o farol. Ela aponta o rumo. Siga a Bíblia.
Rev. Ersino Albano da Silva
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